A COMUNIDADE A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO


segunda-feira, 13 de junho de 2011

BE BOREL e o TERRÁRIO como ferramenta pedagógica para observação e formulação de hipóteses dos jovens aprendizes atendidos pelo Projeto Bairro Educador

A ‘TRILHA EDUCATIVA: Sociedade e Ciências Sociais e Naturais’ que está sendo vivenciada pelas escolas da rede municipal de ensino do BE BOREL e iniciada este mês por algumas escolas no BE MACACO ganhou reforço com a introdução do TERRÁRIO como ferramenta pedagógica a fim de estimular a observação e formulação de hipóteses dos jovens para o aprendizado de ciências. Após as turmas de cada unidade escolar experimentar o percurso educativo (saída da escola, caminhada até a Obra Social Santa Cabrini, passagem pela Ecobé e retorno á escola), os gestores de projeto Thiago Sobral (CIEDS/Projeto Bairro Educador) e Daniel Castro (CEDAE/Programa Água para Todos), agendam com as professoras e a direção das unidades escolares um dia para construção do produto em sala de aula com os alunos.    
Percurso Educativo

TERRÁRIO: Aquário ou Garrafa Plástica de grande porte, Brita; Pedra de aquário ou cascalhos; Areia; Argila; Terra Adubada; Húmus; Musgo; Carvão; Uma espécie de Araceae; Uma espécie de Violaceae; Copo plástico; Uma espécie de anelídeo; Semente de Fabaceae; Semente de Poaceae; Papel filme; Fita adesiva transparente grossa.
Tempo de Duração: Montagem/30 minutos.
Procedimento: Dividir o Aquário ou Garrafa Plástica de grande porte em três partes iguais, as camadas que irão reproduzir o solo ocuparão um terço deste. Colocar brita e pedras de aquário para reproduzirem diferentes tamanhos de fragmentos; areia (não usar areia de praia); argila (saibro, barro) e terra (húmus, terra adubada, ou Matéria Orgânica Morta), numa proporção de 5:3:2:5. Na camada de terra colocar húmus e pedaços de carvão para evitar fungos. Plantar as mudas e sementes (botar na parede do aquário para observação das raízes), colocar o copo plástico com água para reproduzir um corpo d`água (metrar o copo afim de ver a quantidade de água “consumida” pelo sistema). Molhar a terra somente até a água alcançar as camadas inferiores e lacrar com o papel filme e fita adesiva. Muita atenção, o recipiente não pode ter contato com o ambiente externo. Usar a cartolina preta por fora do aquário, para cobrir toda camada de solo, pois as minhocas têm fotofobia e a falta da cartolina impediria a observação da aeração do solo próximo ao vidro. O terrário deve ser armazenado em local com muita luz, mais não deve ser exposto diretamente à radiação solar.            


Esta parceria institucional entre CIEDS e CEDAE através dos gestores locais tem propiciado a observação e formulação como elementos do método cientifico no processo de aprendizagem de ciências.
E.M. Chácara do Céu vivenciando a TRILHA EDUCATIVA: Sociedade e Ciências Sociais e Naturais e construção do TERRÁRIO na Obra Social Santa Cabrini.

E.M. Jornalista Brito Broca experimentando a construção do TERRÁRIO em sala de aula.

CIEP Antoine Magarinos Torres Filho a turma 1301 na construção do TERRÁRIO

A Creche Municipal Raio de Sol construindo o TERRÁRIO

 E.M. Borel construindo o TERRÁRIO

“Um primeiro ponto a considerar é a afirmação de que durante os anos pré-escolares se inicia a formação das concepções prévias que os alunos apresentam nas aulas de ciências do ensino fundamental e médio. Portanto, a criança em seu contato com o ambiente físico e social, vai elaborando explicações e ideais sobre os diversos fenômenos.” [1] (Aquino, 2002).

Essa afirmativa está sendo posta em refutação pela TRILHA EDUCATIVA: Sociedade e Ciências Sociais e Naturais como objeto que busca integrar e valorizar os espaços formais e informais promovendo dialogo entre o saber formal e senso comum com reflexo na capacidade de formulações de concepções prévias que facilitam a compreensão dos conteúdos permitindo formulações de hipóteses a partir da observação dos fenômenos diários.  

 O DIÁRIO de BORDO que acompanha o TERRÁRIO como ferramenta de registro fortalece o Letramento a partir da escrita e leitura dos fenômenos observados pelos alunos e esclarecidos pelos regentes.  A parceria entre Projeto Bairro Educador e Programa Água para Todos têm conseguido excelentes resultados de aprendizagem para as crianças das escolas. O Terrário tem o objetivo de levar a sala de aula temas que contém alto grau de abstração e ocorrem em escala fora do visível/palpável, como por exemplo, o ciclo da água, ciclagem de nutrientes, formação do solo e fotossíntese. Estes temas do currículo específico de ciências perpassam os diferentes anos dialogando de forma variada com as crianças. A intenção do uso desta ferramenta é propiciar aos jovens aprendizes a possibilidade de conhecimento do método científico a partir da construção de modelos que representem a natureza, a fim de facilitar a observação de seus fenômenos e a elaboração de hipóteses relacionadas. O importante é a observação de que a água, como um todo, é peça fundamental do ciclo natural. Sendo assim, toda água que desperdiçamos não voltará de forma natural ao ciclo. Por isso a necessidade da preservação dos recursos hídricos, além do ecossistema circundante. Este modelo didático permite a observação e discussão dos processos ecossistêmicos, que possa auxiliar os alunos a visualizar esses processos, uma vez que simula fenômenos ocorridos na escala da biosfera.



[1] AQUINO, LIGIA MARIA LEÃO DE. O lugar do erro na construção do conhecimento. Tese de Doutorado. Niterói, UFF, 2002.









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