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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mistura de gente: Iguais na diferença

Na sexta-feira, dia 31 de agosto, teve início na Escola Municipal Machado de Assis, unidade escolar integrante do BE Santa Teresa, a trilha educativa “Mistura de Gente”, elaborada pelo Bairro Educador a partir do diálogo com o corpo docente da escola. A atividade atende a demanda da Lei federal 10639/03 que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira na educação básica. Essa foi a primeira ação que visa construir com os estudantes um novo olhar sobre esta temática.


Os estudantes participaram de uma roda de bate-papo, onde foram abordados temas como racismo e preconceitos. Os estudantes foram questionados sobre o que eles entendem a respeito do racismo. Um aluno disse a seguinte frase: “Não é certo as pessoas serem julgadas pela cor da sua pele”.


Após o bate- papo, os estudantes assistiram ao filme “Vista minha pele”, uma paródia da realidade na qual a população negra é a classe dominante e os brancos sofreram com o processo de escravização. O filme gerou um estranhamento inicial por grande parte dos estudantes, pois a todo momento alguns perguntavam: “O filme não está errado professor?” não percebendo que se tratava de uma paródia. Ao assistirem o filme, os estudantes se conscientizaram, sobre as dificuldades passadas pelos escravos africanos, no Brasil.


Depois da exibição da sessão, os alunos opinaram sobre o que acharam do filme, que conta a história de uma menina branca que estudava em um colégio particular cujo a maioria dos estudantes eram negros de classe alta. A menina sofria preconceitos por ser branca, mas tinha força de vontade para se autoafirmar enquanto uma cidadã de direito, que merece respeito e dignidade.


No momento final, os estudantes realizaram o registro da atividade na forma de um diário, no qual representaram seus sentimentos e anseios quanto ao tema tratado. Uma estudante escreveu o seguinte relato, a respeito do filme:

“Eu não entendo por que as pessoas são julgadas pela sua pele. O filme estava errado eram os negros os escravos, mas mesmo assim está errado, ninguém poderia ser julgado, eu nunca fui julgada por ninguém. Achei o filme embolado. O planeta tem que mudar”- Gisele Duarte Coelho, turma 1302.

Demonstra-se dessa forma a importância se tratar estas questões dentro do âmbito escolar para que dessa forma novas atitudes e gestos possam permear a sociedade.

Por Eduardo Gryzagoridi 

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